… e o Aedes chegou. Com ele a DENGUE. Encontrou situações propícias para sua permanência em solo brasileiro.
Bem dizem, uma das características do nosso povo é ser hospitaleiro.
Encontrou fatores geográficos e climáticos adequados. Também e principalmente, fatores sócio econômicos e culturais ideais. Somos um país de grandes contrastes e a Dengue é democrática.
Não nos esqueçamos disso.
Nossa intervenção está direcionada para o controle do vetor, o Aedes aegypti e em março de 2023 foi aprovada pela Anvisa, a Qdenga, vacina contra a dengue, que demonstrou eficácia de 80,2 % em 12 meses após a administração da vacina. Sendo composto por quatro diferentes sorotipos do vírus, o que confere ampla proteção contra a dengue e ainda não disponibilizada para todos.
Podemos nos conscientizar de que trata-se de uma luta conjunta, de união e reunião de forças e esforços diários que poderão fazer a diferença. Ações básicas de saneamento e educação que poderão ter início na sua casa.
Quando em todas as casas existir essa consciência, então estaremos no caminho que nos levará à erradicação do mosquito.
Isso não é possível! Ah, “é competência do governo!” Isso muitos dizem porque querem eximir-se de suas responsabilidades, porque encontram no governo a culpa de todos os seus problemas e de suas enfermidades; como se fosse ele, o governo, o culpado pelo lixo que nossas mãos jogam em lugares impróprios; como se fosse ele, o governo, o culpado pelos terrenos abandonados por seus proprietários; como se fosse ele, o governo, o culpado pelas lindas bromélias e orquídeas que enfeitam jardins; como se fosse ele, o governo, a picada originadora da Dengue.
Concordo que o governo pica em algumas circunstâncias, mas, não nessa…
É evidente que ações do governo fazem parte e têm o seu papel definido. Ações diárias que são divulgadas constantemente pelos meios de comunicação, pela imprensa falada, escrita e televisiva. Trabalho diário de conscientização. O governo pode e deve dispensado da uma luta constante.
Mas a situação é tão grave que o dever do Estado se transforma em dever de todos os cidadãos. A estes, não apenas direitos, mas obrigações e responsabilidades na luta por uma causa comum: acabar com o Aedes, em conseqüência, com a Dengue.
A Dengue já está inserida entre os principais agravos de Saúde Pública do Brasil e do mundo, desafiando de forma radical a Saúde Pública do Século XXI e apesar da intensificação das ações mais efetivas de combate ao mosquito, o Brasil registrou aumento de mortes confirmadas, sendo 3.000 mortes em 2024 enquanto em 2023 foram registradas 867, chegamos ao maior número já obtido desde 2000.
A luta não é solitária. De forma solitária e alheia ninguém combaterá a Dengue.
Depende de mim, de você, da coletividade, dos órgãos públicos competentes, da sociedade que faz parte de um todo integral e pulsátil no coração de cada cidade.
Podemos ser um povo melhor, mais consciente, não apenas contribuinte para com os cofres públicos, mas cientes de que não existem culpados ou inocentes, mas forças distintas cada qual com suas atribuições visando o combate a esse que nos atemoriza.
É de grave assim. Se você ainda não percebeu e acha banal tal assunto, é porque o Aedes não tocou a sua porta e o vírus não desfilou internamente por seu corpo lhe tirando as forças, a vitalidade e a saúde, quando não a vida.