O Dengue, a Dengue… O “Novo Aurélio” retificou o gênero de Dengue para o masculino em sua 3ª edição e trabalhos médicos científicos, bem como tropicalistas brasileiros, também adotam o gênero masculino. Entretanto, a OMS e o Ministério da Saúde, que já foram adeptos do gênero masculino, optam pelo feminino.
Ele pode ser ela ou ela pode ser ele, mas de qualquer forma existe DENGUE.
“Dengue! Eu?” Por que não?!
Independe do seu endereço residencial, se você reside em casa ou apartamento,
no térreo ou na cobertura (não pense que somente pessoas transitam pelos
elevadores…); independe do seu “QI”, seja ele o verdadeiro Quoeficiente de
Inteligência ou o tão conhecido Quem Indica; independe da sua conta bancária,
poderá ser substancial ou nem mesmo conta tiver, mesmo assim, você poderá
ser acometido pela Dengue.
A diferença existirá na hora de pagar a conta, não podemos deixar de mencionar esse parênteses… e se você é um dos milhares de brasileiros que são
assistidos pelo SUS, ainda assim terá despesas extras ou, terá deixado de
ganhar nos longos 10 dias em média de repouso necessários para o
restabelecimento do quadro causado pela Dengue.
Independe de sua religião ou de qualquer credo, você poderá ser acometido pela Dengue.
Pelas Dengues… Como se não bastasse um sorotipo viral, já existem 4 deles, o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e o DENV-4. No Brasil circulam simultaneamente os 3 primeiros.
As faixas etárias mais suscetíveis são o idosos e os que possuem doenças crônicas, como por exemplo, Diabetes Mellitus e Hipertesão Arterial Sistêmica, com risco maior de evolução para um quadro mais grave e complicações que podem levar à morte.
A imunidade da Dengue é de longa duração e tipo específico para cada DEN. Se o indivíduo se infectou com o DENV-1 ele terá imunidade contra o DENV-1.
Poderá, portanto, infectar-se com os outros sorotipos, com a possibilidade ser infectada quatro vezes ao longo da vida.
As infecções seguintes provavelmente, não obrigatoriamente, cursam com uma forma mais grave da doença.
Mas nada impede que a forma grave se apresente em uma primeira infecção.
Clinicamente a Dengue pode apresentar-se das seguintes maneiras:
Dengue Clássico, Febre Hemorrágica da Dengue (Dengue Hemorrágica) e
Síndrome do Choque da Dengue.
A Dengue Clássica pode manifestar-se com hemorragias leves e a ausência de
fenômenos hemorrágicos na Dengue Hemorrágica não impede tal
diagnóstico.
Há a forma assintomática, onde nem mesmo o indivíduo percebe a doença estimando-se que ocorra 1 caso assintomático para cada 5 casos sintomáticos em uma epidemia.Há, ainda, a forma indiferenciada, onde a sintomatologia leve confunde o quadro clínico, principalmente com gripe, passando assim, desapercebido.
Há, também, a forma atípica, simulando outras doenças, como Hepatite,
Encefalite ou Polineuropatias.
Dengue, Dengue, Dengue, não se suporta mais ouvir sobre dengue, falar
sobre dengue e ainda chega aquele amigo para uma visita e diz: está com dengue ou está dengoso?
Dengoso? Fim da amizade. Triste assim!